Talvez um dos grandes aprendizados neste momento de pandemia que vivemos é que devemos ser parceiros da nossa vida. Emoções primitivas como medo, escassez e interesse próprio devem abrir espaço para traços humanos mais nobres como cooperação, generosidade e amor. Cabe a nós contar uma nova história, ou seja, parar com a visão simplista de que nossa vida está no piloto automático e atuamos como máquinas para funcionar com eficiência. É hora de criarmos mais anticorpos que nos defendam de invasores como pensamentos destrutivos, diálogos internos e crenças limitantes. É hora de criarmos mais anticorpos contra comportamentos que vivemos no piloto automático.
Anticorpos tem a função de reconhecer, neutralizar e marcar antígenos para que eles sejam eliminados do nosso organismo.
Podemos criar anticorpos contra a incerteza. Incerteza leva a medos. Tendemos a nos retrair, a ficar mais defensivos. Manifestações físicas de insônia, raiva, inquietação e até lágrimas repentinas podem ocorrer em alguns de nós nos momentos de incerteza que geram paralisação. A dica é: Incertezas sempre vão ocorrer nas nossas vidas. Concentre-se no seguinte: Analise o problema, pense nas possíveis soluções e escolha a melhor opção naquele momento.
Podemos criar anticorpos contra a solidão. Nós somos seres que temos uma grande necessidade uns dos outros. Um conhecido provérbio africano diz que: “Sozinho vi muitas coisas maravilhosas, sendo que nenhuma era verdadeira” . Madre Tereza também nos alertava para que: “A mais terrível pobreza é a solidão e o sentimento de não ser amado”. A dica é: Este é o momento de sermos solidários, de fazermos a nossa parte e ajudarmos quem precisa. Você nunca estará sozinho se ajudar os outros.
Podemos criar anticorpos contra o medo de ficarmos doentes. Quão difícil é manter casas e máquinas e nossos próprios corpos em perfeito estado de funcionamento; Quão fácil é deixá-los se deteriorar. Na verdade, tudo o que temos a fazer é nada, e tudo se deteriora, colapsa, desmorona, desaparece – tudo por si só – e é disso que se trata a segunda lei da termodinâmica. A dica é: Somos chamados para enfrentar a vida como ela é: incontrolável, imprevisível, confusa e surpreendente. Nas tradições cristãs, os tempos de caos são chamados de noite escura da alma. Na cultura atual, chamamos de depressão clínica. Na noite escura nós nos sentimos vazios de significado, totalmente sós. Esses momentos negros são a condição para o renascimento, para que surja um novo eu, muito mais forte. Comece seu dia em paz, desacelere, trace metas, meça seus resultados e principalmente, mantenha-se ocupado para que a noite escura da alma não apareça. A vida é uma professora que nos ensina sempre a mesma lição: Tudo muda, tudo passa.
Podemos criar anticorpos contra a procrastinação. Muito da nossa ação é reação. Isso não flui, depende de uma provocação externa. A dica é: Implemente na sua vida o método ADA (Adote, descarte e adapte). Adote novos comportamentos que funcionam neste momento para você, descarte o que não funcione e adapte alguns comportamentos para este momento novo que vivemos. SIGA EM FRENTE, INOVE.
Podemos criar anticorpos contra o sofrimento. Lembre-se que a dor é inevitável, o sofrimento é opcional. A dica é: Eleve seu moral com pequenas conquistas. Energize-se. Nikola Tesla muito conhecido pelas suas contribuições no campo do eletromagnetismo, nos dizia que: “Se queres encontrar o segredo do universo, pense em termos de energia, frequência e vibração”. Mude a vibração dos seus pensamentos e sentimentos. Somos aquilo que sentimos, não aquilo que pensamos ou dizemos que somos. Dalai Lama também nos brinda com o seguinte pensamento: “Nunca estrague seu presente por um passado que não tem futuro”.
Claro que o propósito aqui não é esgotar a lista de anticorpos que podemos criar. Fica a dica para todos vocês complementarem esta lista. Lembre-se que o melhor investimento neste momento é em você mesmo. Reprograme-se e cure cada vez mais sua alma para gerarmos abundância.
Marco Túlio Costa – apresentador e colunista da Record News, Trainer em PNL e CEO do Instituto de Neurolinguística Empresarial (INEMP).